sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

liberto




"- Iedo, você coordena o quê na Casa Grande?
- o Memorial do Homem Kariri. O museu.
Eu também sou da bandinha de lata: os cabinhas e faço parte da equipe de arqueologia
- Por que você gosta de fotografar?
- Como assim? Porque eu gosto? Fotografia eu fico liberto.
Tirar foto da natureza, das crianças brincando...
por isso eu gosto, porque eu registro o momento."

Tenho muito a aprender com ele. É o grande fotógrafo da casa.
As fotos são lindas.

Depois de uns dias que cheguei na Casa Grande, ele falou:
- qual é seu nome mesmo?
- Diana
- posso te chamar de outro nome?
- Claro.
- Uhh... Esperança, então, tá? Fica atenta pra você atender quando eu te chamar.

"- Você geralmente chama as pessoas de outro nome?
- Sim, porque eu gosto de por apelidos bonitos. Assim fica mais memorizado."

"- Essa foto tá boa então?
- Opa! Põe essa, eu tirando foto"

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Um caminho





- Cuta, que tipo de filme você gosta?
- Eu gosto de um filme que me faça pensar no que eu quero realmente da vida, sabe? Que me passe alguma coisa pra mim. Que faça com que eu me sinta bem...
- E por que voce gosta muito dos orientais?
- Por que eu acho que eles são mais ...eles mostram um sentimento a mais. Uma forma inspiradora que faça com que você se sinta bem assistindo.
Ela pegou um dvd na estante da dvdteca (que ela coordena na Casa Grande):
- “um longo caminho”. Aqui, ó. Já assistiu esse?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

os porquês



Rodrigo prefere mesmo escrever....

*Museu da Casa Grande ao fundo e Aninha filmando

"Os porquês"
"Aninha: por que reminiscências?
Rodrigo: porque é lembranças
Aninha: por que então você não põe "lembranças de um passado" que é mais fácil?
Rodrigo: porque fica pobre !
(risos)
"Foi por acaso. Eu cliquei lá na internet e estava escrito que era lembrança, passado. Eu tava ...não sei nem porque mesmo assim...."lembranças do futuro"...foi uma intuição. Agora eu descobri de tu...assim, que os textos eu já tenho mais ou menos a intuição do que fazer na minha vida, no amanhã."

Olhando as reminiscências do futuro





-"Posso falar depois?"
-Você prefere escrever, é isso?
-"Você pode perguntar e eu escrevo"
- Rodrigo, to colocando um pedaço do seu blog então.

(www.reminiscênciasdofuturo.blogspot.com)

"A Sua Flor é o Seu Sonho. Você Nunca Deve Desistir de Cuidar Dessa Flor Porque Um Dia Sem Regá-la, Esta Flor Pode Morrer. Então Temos que Ter Muita Fé Para Conseguir Que Aquela Flor se Transforme em Uma Arvore, Aliás, Quando Ela Se Transforma em Árvore é Por que Seu Sonho Já Está Realizado. E Por Isso Temos Que Ter Várias Flores, Um Jardim de Flores, Um Jardim de Sonhos.


Nunca Podemos Para de Sonhar, aliás, Vivemos, Porque Sonhamos. E Um Mundo Sem Sonho é Um Mundo Sem Vida. E Lembre Sempre de Regar Essa Flor, Rega-la Com a Fé. Os Sonhos Foram Feito Para Ser Conquistados. E Nessa Conquista Teremos Vários Obstáculos Para Ultrapassar, e Quando Você Ver Que Não Irá Conseguir Vencer Algum Obstáculo, Não Pense em Desistir, Vá e Tente, Você Pode!"

Ontem ele falou: "A Casa Grande me faz pensar alto"
 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Naninha





Naninha (19 anos) da Fundação Casa Grande, na frente da casa:

"O que eu faço? Eu coordeno a manutenção da casa, sou gerente das bibliotecas, laboratório de arqueologia.

No laboratório da biblioteca a gente aprende a organizar livro, a gente vem conhecendo o mundo atráves das leituras, mostrar os conteúdo. A gente vem aprendendo a fazer catálogos...para uma organização melhor  da biblioteca.
E no laboratório de arqueologia, a gente aprende a descobrir a nossa história, dos nossos antepassados, do povo que habitou há muito tempo . Na época não tinha um sistema de escritos desenvolvidos,então eles se comunicavam através das pinturas rupestres.

"O que eu mais gosto é de tocar bateria, fazer programa na rádio. Eu tenho um programa de música popular brasileira de 11h a uma hora...e na Casa Grande eu gosto de tudo. A gente faz de tudo. Mas um lugar específicio é a biblioteca e a arqueologia. Mas o que eu gosto mesmo de fazer é a escavação arqueológica. O que a gente aprende, a gente explica pras pessoas..."

...vindo de dentro



Por "coincidência", depois desse episódio
vim para a região do Cariri em Nova Olinda - CE:

Fundação Casa Grande
Cultura e Arte para educação de jovens e crianças.
Aqui tem Biblioteca, Videoteca, Teatro, TV, rádio, editora, gibiteca e museu do homem Kariri.
Tudo é feito e organizado por eles.

Por agora,
Deixo o olhar da linda Yasmin de 5 anos  (estamos, aqui, morando juntas)
que chega na casa às 7h e sai às 17h no período de férias:

"Aqui eu gosto de brincar no campinho e atender as visitas. E brincar no jogo do botão.
Eu ajudo meu tio e aí quando eu termino de ajudar eu fico na recepção mais ele. E daí eu vou direto pro parquinho, e aí eu vou ajudar os outros meninos.
Ahn, eu gosto de também assistir cinema no teatro! Eu gosto de brincar de fazer casinha com os bancos. Casinha com os bancos, viu?"


www.fundacaocasagrande.org.br


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

De dentro....







"Por acaso", ontem:
dia seguinte ao criar, aqui, esse arco-íris....
__________

A principio eu ia na delegacia.
Até uma sucessão de acontecimentos... E eu passar de fora, para dentro do olhar.
A interrogação sumiu quando o policial começou a bater em todos, inclusive nas duas meninas - também menores - na minha frente.

"Olha, eu até ia na delegacia, mas depois dessa cena não vou mais"


Esse foi apenas o início do sermão que saiu sem conter.
Pra todos e ainda ao mesmo tempo: os vários menores que tentaram me assaltar e os policiais. Nessas horas a gente se desconhece - ou se conhece mais?


"Nós até poderíamos te obrigar Senhora (???), mas pelo social...você pode ir"   

Acabou assim. Voltei para dentro de mim de modo diferente.
e os meninos, que quase foram pra dentro do arame se viram do lado de fora
- mesmo que estejam dentro     : como na foto, tirada nas terras do Sarney.

Talvez depois, escreva os detalhes da novela. A temática, pelo o menos, parece:
zona sul, violência no Rio de Janeiro......só falta eu voltar pra casa bater na parede com as costas e ir descendo devagarzinho chorando de amor com uma música ao fundo aumentando gradualmente.

...os policiais...
Ui ! Quando vi as patrulhas hoje aqui na frente cismei que estavam me perseguindo de vingança.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Entrando no Arco



O Arco-íris do olhar pediu pra nascer.

Ao invés de entrar, é como sair.
E entrar numa porta com um arco grande, que cabe muita gente. Diferente.
Com vontade de entrar. Cheio de cores como o arco-íris.

Que seja bem-vindo!

Escapar o olhar




O Arco-íris do olhar pediu pra nascer, assim, sem explicar muito.

Terá momentos estáticos que cliquei: a serem compartilhados.
Terá palavras circulando por aqui e acolá: do que ronda nossa vida
pode ser mesmo só para ver por ver !  (será?)

Que seja pra espiar por outros buracos - talvez, criado pela gente -
e que possa ser um modo de escapar o olhar.

Casa na íris




O arco-íris do olhar nasceu ontem sozinho, pedindo pra ser.
Nasceu em um dia com números bonitos: 11.01.10 para dar luz
e como uma casa na íris do olho,
relembrar a casa de dentro da gente.